Biscoito Passatempo: a estratégia piscológica por trás do design e campanha do biscoito com nova receita “Sabor da Infância”

Passatempo sabor da infância

O biscoito Passatempo foi relançado com uma nova receita chamada “sabor da infância”. No entanto, há algo inquietante que poucos notaram – e que pode não ser tão agradável quanto parece ao público.

Estratégia da Nostalgia como distração

Ao que tudo indica, segundo o especialista em Psicologia aplicada ao Design e Marketing Rian Dutra, a Nestlé usou a estratégia da nostalgia para desviar a atenção dos consumidores de um detalhe importante: uma mudança na receita que pode não agradar a todos.

O apelo emocional pode ter feito com que muitos humanos ficassem enviesados, focando apenas no “novo” sabor e ignorando uma alteração significativa.

O que mudou na nova receita do Passatempo?

A grande mudança é que o Passatempo, que antes era um biscoito de chocolate, agora é apenas “sabor chocolate”. Ou melhor, “sabor da infância”.

Essa estratégia tem um nome: Red Herring, ou Falácia do Arenque Vermelho.

A estratégia psicológica do design e marketing

Red Herring é uma tática retórica que mexe com o psicológico do consumidor, já que explora processos emocionais e cognitivos para desviar o foco da questão central: a possível depreciação da receita como uma forma de corte de custos – algo conhecido na Economia como skimpflation.

Além disso, como bem observou o Youtuber Gordo Original, a embalagem está diferente: mais folgada, podendo gerar a percepção de que o biscoito (ou bolacha) continua tão grande quanto o da versão da década de 90, quando na realidade isso pode ser apenas um truque visual.

Outro detalhe: a quantidade de recheio parece ter sido reduzida, principalmente em comparação com a versão anterior (de 2024), que usava chocolate de verdade, mesmo que possivelmente em pequenas porções.

Biscoito Passatempo x Nutrição

A nutricionista Julia Bauer analisou os ingredientes da nova receita (de 2025) e comentou:

“Os ingredientes estão, aparentemente, mais industrializados do que antes e inclusive aumentou a quantidade de sódio.”

Psicologia no design: estratégia justa ou questionável?

A psicologia aplicada ao design e marketing pode ser muito poderosa. Mas será que, neste caso, foi usada de maneira justa ou questionável?

Se você se interessa por como a psicologia influencia o design e o consumo, Rian Dutra aborda mais sobre isso em seu treinamento sobre psicologia aplicada ao design e marketing.

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