Entender o hábito do usuário é bastante desafiador, portanto, a simplicidade deve ser priorizada.
Simplificar o layout para facilitar a compreensão, evitando que os usuários tenham que se esforçar para lembrar como realizar tarefas.
Como os seres humanos têm o costume de reconstruir suas memórias, ao avaliar um UI/UX Design, é mais eficaz observar diretamente a interação dos usuários com o sistema do que considerar relatos verbais.
Seguir a Regra 7 ± 2 (sete mais ou menos dois), evitando exibir mais de 4 produtos ou itens em uma única tela para não sobrecarregar a memória dos usuários.
2. Os humanos são sociais, logo, os usuários também são
Integrar o componente social no UX/UI Design.
Indiscutivelmente as pessoas dependem da tecnologia para serem sociais.
O Design da Interface do Usuário deve permitir a validação social, um espaço onde os usuários procuram orientação antes de concluir uma ação específica, especialmente quando estão indecisos. Dessa forma, as avaliações de um aplicativo têm o poder de construir ou prejudicar a imagem dele.
Desenvolver a UI/UX de modo a incentivar os usuários a executar determinadas ações juntos e simultaneamente, em um conceito denominado “Comportamento Síncrono”. Isso ativará elementos sociais, possibilitando que os usuários do mesmo aplicativo se conectem entre si.
Para o caso de aplicativos que exijem preenchimento de formulários, é importante motivar os usuários concedendo algo que desejam. Esse é o Princípio da Reciprocidade, a prática de retribuir um favor.
Os indivíduos gostam de imitar os outros. Mostrar aos usuários como outras pessoas efetuaram certa tarefa é uma boa maneira de induzi-los a agir conforme se deseja.
3. Nunca esperar que os usuários pensem ou trabalhem mais
Facilitar o UI/UX Design dos aplicativos.
Geralmente, os usuários almejam realizar uma tarefa com o menor esforço possível.
A Divulgação Progressiva de informações é fundamental para UI/UX eficazes. Inicialmente, deve-se fornecer informações aos usuários e, em seguida, oferecer a opção de obter mais detalhes.
Não se limitar a textos, permitindo que os usuários também visualizem exemplos práticos. A disposição (“Affordance”) dos elementos na tela deve indicar claramente a presença de itens clicáveis, assegurando que os objetos com essa capacidade sejam facilmente identificados como tais.
Apresentar informações essenciais e sucintas sobre os recursos é a melhor forma de estruturar um produto, pois evita a desorganização do espaço com excesso de detalhes.
Disponibilizar configurações predefinidas (“Defaults”) para incentivar os usuários a realizar tarefas com o mínimo de esforço.
4 – Cada usuário do aplicativo tem certas limitações
Aplicativos com excesso de informações ou textos tendem a perder o interesse dos usuários; assim, é recomendável limitar a Interface do Usuário para conter apenas o que é imprescindível.
Verificar se as informações fornecidas são de fácil leitura e entendimento.
Sempre que houver uma quantidade considerável de conteúdo textual, adotar cabeçalhos atraentes e blocos de texto.
Evitar UI/UX Designs que demandem multitarefa, porque nem todos os usuários são capazes de realizar várias tarefas simultaneamente.
Segundo o paradoxo, as pessoas geralmente preferem informações curtas, mas têm uma melhor compreensão ao lidar com frases longas.
Com base nos resultados esperados dos aplicativos, optar por uma abordagem de UI/UX orientada pelo Design, Desempenho ou Preferência, tendo em mente que os usuários frequentemente solicitam funcionalidades que podem não ser as mais adequadas para suas necessidades.
5 – Usuários cometem erros
Independentemente de quão fácil ou simples seja o UI Design, os usuários inevitavelmente cometerão erros. Antecipar possibilidades de erro e eliminá-las é fundamental.
Prevenir a ocorrência de erros triviais que possam levar a consequências graves. É conveniente utilizar um diálogo de confirmação antes de permitir que o usuário concretize uma ação.
Valorizar a função de desfazer.
O ideal não é ajudar os usuários a corrigir seus erros, mas sim evitar que eles aconteçam.
Desmembrar uma tarefa complexa ou suscetível a erros em partes menores.
Caso a Interface do Usuário corrija algum erro, notificar os usuários.
Como até os UI/UX Designers cometem equívocos, é mais prudente contar com a iteração, o feedback dos usuários e os testes.
6 – Captar a atenção do usuário
Atrair a atenção do usuário é a chave para um UI/UX Design eficaz e envolvente. Embora seja um tema abrangente, o ponto central é assegurar que os usuários permaneçam focados ao considerar algumas questões importantes.
Um Design único sempre estará em evidência, pois as pessoas são naturalmente atraídas por algo que é diferente e inovador. Sendo assim, criar um Design da Interface do Usuário diferenciado e atraente é o melhor caminho.
Explorar plenamente o conceito de “Cegueira para Mudanças”, que descreve a tendência dos usuários de não notarem alterações em seu campo visual.
Cores vibrantes, fontes grandes e alertas sonoros são fundamentais para chamar a atenção dos usuários.
Evitar distrações desnecessárias, como vídeos aleatórios ou banners e anúncios piscando, a menos que seja uma estratégia intencional para capturar a atenção dos usuários.
7 – Os usuários estão sedentos por informação
Com base na biologia humana, a aprendizagem está associada à liberação de dopamina no cérebro, motivando as pessoas a buscar informações.
Usuários buscam mais informações do que conseguem processar. A abundância de informações convence as pessoas de que há várias opções, levando-as a acreditar que estão no controle do aplicativo.
A sensação de estar no controle aumenta a probabilidade de os usuários apreciarem o aplicativo.
Fornecer feedback aos usuários em todas as etapas, pois eles sempre têm interesse em saber o que está acontecendo. Por exemplo, exibir mensagens como “salvando” ou “enviando” quando os usuários estiverem executando essas ações.
8 – Comprometer os usuários a agir
Se um UI/UX Design incentiva as pessoas a dar pequenos passos, como se inscrever para uma assinatura gratuita, também pode facilmente motivá-las a realizar ações mais significativas, como uma assinatura paga.
Atinja o lado emocional do usuário exibindo imagens de pessoas ou contando histórias para influenciar a sua capacidade de tomada de decisão.
O enquadramento é outro elemento relevante no UI/UX Design. O comportamento psicológico das pessoas é consideravelmente impactado por influências das quais não estão conscientes. Utilizar as palavras de forma apropriada favorece o engajamento dos usuários.
9 – Usuários criam modelos mentais
É comum as pessoas formarem um modelo mental sobre tarefas específicas, como pagar contas, ler livros ou usar um aplicativo.
Desenvolver uma Interface do Usuário de modo a criar um modelo mental nos usuários sobre como uma determinada tarefa pode ser fácil após utilizar o aplicativo.
Projetar uma Experiência do Usuário positiva alinhando o modelo conceitual do produto ou site com o modelo mental do usuário, ou instruindo os usuários a construírem um modelo mental diferente.
Recorrer a metáforas sempre que viável, pois isso auxiliará os usuários a desenvolverem um modelo mental conceitual.
10 – Aparência visual do aplicativo
Evitar sobrecarregar as páginas do aplicativo, pois é mais difícil para os usuários localizarem informações em um Design desorganizado. É uma boa estratégia utilizar o agrupamento para direcionar a atenção dos usuários para as áreas específicas que se deseja destacar.
Um dos princípios do UI/UX Design é a ideia de que elementos localizados próximos uns dos outros são percebidos como relacionados entre si (Lei da Proximidade).
Em vez de usar fontes decorativas, optar por um tipo e tamanho de letra que seja fácil de ler.
Segundo a psicologia humana, as pessoas contam com a visão periférica para alcançar o cerne do que estão procurando. Daí a importância de um IU Design atraente.
A combinação das cores vermelha e azul dificulta a leitura. Portanto, deve-se evitar a utilização de texto vermelho sobre fundo azul ou vice-versa.
Considerar o uso de uma perspectiva canônica para criar a impressão de que os objetos estão levemente inclinados e um pouco acima do solo, tornando mais fácil para os usuários reconhecerem os objetos na tela.