Na interseção entre arte e ciência, o design persuasivo emerge como a ponte essencial para cativar, envolver e motivar os usuários em direção a ações desejadas.
A seguir, apresentaremos quatro dicas de design dersuasivo:
1 – Envolver por meio do design comportamental
O design comportamental consiste em compreender como a mente humana toma decisões e utilizar esse conhecimento para tornar as tarefas mais fáceis e envolventes para os usuários. Explorando as tendências naturais dos usuários para concluir uma tarefa, é possível criar recursos que não apenas parecem muito intuitivos para eles, mas também despertam sua curiosidade e os mantém fisgados.
Além disso, aplicar princípios relacionados ao design comportamental pode ajudar o designer a transformar a percepção do seu produto no mercado. Uma abordagem adequada é capaz de destacar um produto da concorrência e posicioná-lo como a solução ideal para as necessidades dos usuários.
2 – Manter a familiaridade
Os seres humanos tendem a evitar o desconhecido. No âmbito de UX, as pessoas normalmente preferem se ater ao que já conhecem. É compreensível que o designer busque incessantemente introduzir ideias inovadoras, porém ele deve considerar como essas mudanças impactarão a experiência do usuário. Promover constantemente alterações radicais pode ser arriscado tanto para a empresa quanto para os usuários, gerando frustração e tornando as pessoas resistentes a mudanças. Os usuários apenas desejam um produto ou solução que simplifique suas vidas, sem precisar aprender uma maneira completamente nova de fazer as coisas.
Apesar da importância da inovação, o designer deve abordá-la com uma mentalidade centrada no usuário. É aconselhável encontrar um equilíbrio entre a busca por novidades e a necessidade de familiaridade para assegurar uma experiência positiva ao usuário. Quando os usuários estão familiarizados com um produto, já sabem como ele funciona e o que esperar. Ao tentar alterar o “look and feel” (aparência e sensação) do produto ou de um recurso, o designer pode frustrar as expectativas dos usuários, levando-os a ignorar totalmente o recurso ou até mesmo abandonar o produto.
Neste ponto surge o Modelo Mental do Usuário. Sempre que alguém experimenta um novo produto, sua mente forma uma expectativa sobre como ele deve ser usado ou como deve ser sua aparência, incluindo os recursos, os ícones, o visual etc. Quando essas pessoas utilizam produtos semelhantes no futuro, elas esperam encontrar recursos e usabilidade similares com base em suas experiências anteriores. Isso se deve ao fato de o cérebro humano ser programado para criar modelos mentais de tudo, inclusive dos produtos que utilizamos, a fim de evitar reaprender do zero a cada vez.
Compreendendo como os usuários pensam e interagem com os produtos, é possível proporcionar uma experiência familiar e intuitiva. Em vez de tirar os usuários da sua zona de conforto, o designer pode aproveitar o conhecimento que eles possuem. Assim, saberão o propósito do novo recurso e se envolverão com ele adequadamente.
Claro, isso não significa que você não possa inovar ou expandir os limites do possível. Há amplo espaço para criatividade e novas ideias dentro de um framework de design familiar. No entanto, ao manter o design geral e a experiência do usuário reconhecíveis e intuitivos, você pode garantir que os usuários estejam mais receptivos às novas funcionalidades. Além disso, se desejar criar um site criativo com facilidade e sem a necessidade de programação, é possível fazê-lo através do construtor de sites da Hostinger.
3 – Garantir a satisfação do usuário
O “Princípio de Persuasão” mais poderoso é manter os usuários satisfeitos, criando produtos que realmente atendam às suas expectativas. Ao aplicar uma ferramenta, é primordial que o designer leve em consideração a simplicidade, a familiaridade e a comodidade, de modo a priorizar o design de experiência do usuário no processo de desenvolvimento.
Colocar os usuários no centro do processo de design e desenvolvimento do produto já garante metade do sucesso. O segredo é ouvir continuamente os usuários, iterar e adaptar com base em suas necessidades e feedback.
4 – Fazer com que os usuários retornem para mais
Para cativar os usuários e incentivá-los a voltar sempre, o produto deve ter aquele “algo a mais”. Ele precisa ser envolvente, divertido de usar e projetado para a conveniência dos usuários. Designs intuitivos e Chamadas para Ação (CTAs) persuasivas mantêm os usuários engajados, enquanto conteúdo personalizado cria uma sensação de relevância. Os usuários devem ser capazes de compreender facilmente o produto e sentir que ele foi feito com foco na sua comodidade. À medida que o produto demonstra confiabilidade e eficácia, os usuários se tornam seus defensores leais e o recomendam para outras pessoas. É necessária uma abordagem cuidadosa e centrada no usuário para desenvolver um produto que conquiste os usuários e os mantenha voltando para mais.
Considerações finais
O primeiro passo do designer é mergulhar no universo do usuário para entender profundamente suas necessidades e pontos de dor (“pain points”). Simplicidade e familiaridade são os pilares que moldam a essência de um produto, convidando os usuários de maneira natural a experimentarem suas funcionalidades. Ao adotar o design comportamental, o designer explora a psicologia do comportamento do usuário, criando uma experiência intuitiva e envolvente que parece feita sob medida para eles. Nos testes com usuários, as ideias são refinadas e validadas, assegurando que cada aspecto do produto seja ajustado para superar as expectativas deles. Dessa forma, os usuários tornam-se verdadeiros apoiadores e entusiastas do produto, compartilhando suas experiências positivas com outros. Com a aplicação desses princípios, o designer cativará facilmente os usuários, propiciará uma experiência do usuário agradável e, como resultado final, impulsionará as taxas de conversão para patamares mais elevados.
Além de priorizar o UX Design, é imprescindível ouvir constantemente os usuários, iterando e ajustando com base em suas necessidades e feedback. Quando as experiências são envolventes, intuitivas e personalizadas, os produtos não apenas satisfazem os usuários, mas também os motivam a retornar. Concluindo, o designer deve visar a criação de produtos irresistíveis que causem uma impressão duradoura, cultivem a fidelidade e inspirem os usuários a abraçar a inovação.
Texto adaptado de https://medium.com/@souldigitalbr/o-que-você-precisa-saber-sobre-design-de-persuasão-para-aumentar-as-conversões-do-seu-site-9e1fb776e19b