Princípios de Psicologia aplicada ao UX Design para prever o comportamento do usuário

O comportamento humano é um elemento imprescindível para o UX Design. Por essa razão, para criar uma experiência satisfatória, o UX Designer precisa compreender o seu usuário. Daí a importância da Psicologia no UX Design.

Neste artigo, vamos explorar dois princípios psicológicos e como os designers podem aplicá-los na prática.

1. Princípio do Menor Esforço

Como o seu nome indica, esse princípio afirma que as pessoas buscam maneiras de realizar tarefas com o menor esforço possível.

Por exemplo, uma pessoa ao decidir entre dois caminhos igualmente seguros e confortáveis e que levam ao mesmo lugar, a escolha será pelo mais curto.

Como o UX Designer pode abordar esse princípio?

  • Ao explicar algo aos usuários, como instruções iniciais, é mais eficiente mostrar um exemplo em vez de apenas descrever por meio de texto.
  • Ao escolher explicar algo através de texto, é importante garantir que o mesmo seja conciso, incluindo apenas informações significativas e relevantes.
  • Quando há muitas informações semelhantes, é recomendado usar o agrupamento para organizar o conteúdo. Se os grupos forem extensos, classificação e filtragem podem ser úteis para melhorar a experiência do usuário. Incluir uma barra de pesquisa também é uma boa ideia, pois é uma maneira rápida e fácil de se encontrar o que procura.
  • A ideia de utilizar uma fonte decorativa pode ser bastante atraente, no entanto, é essencial garantir que seja de fácil leitura. Também é importante atentar-se ao tamanho, cor e contraste das fontes utilizadas. Para testar a legibilidade do design, ferramentas como Usecontrast e Colorsafe podem ser úteis.
  • É fundamental assegurar que os usuários compreendam claramente quais elementos são clicáveis e quais não são. Botões e links de texto devem ser visualmente distintos e reconhecíveis como tais. Para imagens clicáveis, utilizar o efeito de foco para indicar sua interatividade.

2. Princípio do Hábito Perpétuo

Segundo o Princípio do Hábito Perpétuo, as pessoas confiam muito em sua memória e hábitos ao realizarem determinadas tarefas.

Por exemplo, uma pessoa que frequentemente viaja de avião tem em mente a ordem dos passos até o portão de embarque: check-in, despacho da bagagem, verificação de segurança, alfândega e duty-free. Se, por alguma razão, essa sequência fosse alterada, começando, por exemplo, pela alfândega, isso poderia causar confusão e irritação. O mesmo acontece com os usuários de sites e aplicativos, isto é, eles esperam que tudo esteja organizado de forma familiar e intuitiva, seguindo seus hábitos e expectativas.

Como o UX Designer pode abordar esse princípio?

  • Para possibilitar que o usuário aprenda a navegar pelo site em apenas uma ou duas sessões, seu layout e navegação devem ser simples. Todas as páginas essenciais devem estar a um clique da página inicial.
  • Devem ser evitados exageros ao tentar destacar o site. É importante manter elementos tradicionais onde eles geralmente são encontrados (por exemplo, painel lateral à esquerda e o rodapé na parte inferior da página).

Conclusão

O UX Design está intrinsecamente ligado à psicologia humana. Por esse motivo é tão importante para o Designer conhecer seus usuários – sua natureza humana, preferências, habilidades, vulnerabilidades e receios.

O Designer deve sempre considerar os princípios de psicologia da interface do usuário UX, conduzir testes completos e jamais esquecer que não é um usuário.

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