Como aplicar Psicologia Cognitiva no UX Design para melhorar Experiência do Usuário?

Num mundo cada vez mais digital, a capacidade de atenção dos usuários foi reduzida drasticamente em comparação ao que costumava ser. Portanto, é imprescindível utilizar elementos de design para chamar a atenção do público. Designs que foram criados levando em conta as cores, o humor, a energia e o comportamento humano têm maior probabilidade de serem lembrados pelo público. Neste artigo, abordaremos sobre Psicologia Cognitiva e sua influência na mente humana, apresentando como os designers podem aplicar esses conceitos para criar um UX design de excelência.

Compreendendo a Psicologia Cognitiva

Antes de começar a implementar conceitos de psicologia cognitiva em seus projetos de UX, é importante que os designers entendam o significado desse termo. A Psicologia Cognitiva é uma área de estudo focada no comportamento humano. Trata-se da ciência que busca compreender vários processos mentais internos, incluindo percepção, julgamento, pensamento, atenção e aprendizado.

Teoria do Esquema

A Teoria do Esquema é um ramo da Ciência Cognitiva que investiga como o cérebro assimila e armazena informações. Essa teoria afirma que o cérebro humano lembra melhor as informações quando estão organizadas em pedaços (“chunks”) pequenos.

Sendo assim, os UX designers devem criar designs que sejam fáceis de seguir e fluam de forma orgânica e estruturada. Para maior retenção, o fluxo de informação e experiência deve ser dividido em pedaços pequenos, únicos e facilmente separáveis.

Teorias da Percepção Visual

A Percepção Visual aborda a ordem em que os seres humanos recebem as informações. A Percepção Visual foca no fluxo de informação de cima para baixo e da esquerda para a direita, pois é desse modo que os humanos se sentem mais confortáveis.

Princípio de Hierarquia em UX Design. Fonte: Zekagraphic

Considerar essa teoria pode ajudar os designers a explorar cores, tamanhos de fonte, tipografia e outros recursos, visando em primeiro lugar chamar a atenção do público-alvo e, em segundo, destacar os aspectos mais relevantes das informações principais.

O Efeito Verbatim

O Efeito Verbatim permite que as pessoas se recordem da experiência geral que tiveram em uma determinada situação em vez dos seus detalhes específicos. Logo, é válido os designers se concentrarem na impressão geral que seu design está causando, e não nos elementos menores.

O Efeito Verbatim não se limita ao design visual, estendendo-se ao conteúdo apresentado pelo design. A Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos constatou que as pessoas não se lembram da estrutura das frases, mas sim do significado delas.

Por isso, é fundamental que os designers se dediquem ao conteúdo. Eles têm a opção de participar de cursos de redação para UX (“UX Writing”) e estudar ensaios de sociologia [https://writinguniverse.com/free-essay-examples/sociology/] para compreender como as palavras podem ser efetivamente empregadas para transmitir o significado necessário e também manter o interesse do leitor.

O Efeito Camaleão

O Efeito Camaleão, assim denominado pela analogia ao animal, sugere que os humanos tendem a imitar o comportamento dos outros ao seu redor, consciente ou subconscientemente, a fim de se adaptarem ao ambiente de forma mais natural.

No design, esse fenômeno se manifesta de várias maneiras e influencia diretamente o impacto gerado por um conteúdo. É por essa razão que os designers frequentemente adotam certas palavras-chave, elementos de design ou tipos de conteúdo que estão em alta para provocar uma emoção específica no público-alvo.

A Lei de Hick

Segundo a Lei de Hick (também conhecida como Lei de Hick-Hyman), quanto maior é o número de estímulos (ou escolhas) que os usuários enfrentam, mais tempo eles levarão para tomar uma decisão.

Lei de Hick (ou Lei de Hick-Hyman). Fonte: Miro

O gráfico acima (usado apenas para fins ilustrativos) é uma representação visual aproximada da Lei de Hick-Hyman. Como a maioria dos usuários possui uma atenção curta e prefere encontrar rapidamente as informações que procuram, é aconselhável que os designers apliquem essa lei ao desenvolver Experiências do Usuário.

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