O design persuasivo usa uma compreensão do comportamento humano para influenciar a tomada de decisões. Tem se tornado mais muito comum em vendas de produtos e serviços pela internet, além de ser também empregado em melhorias de experiências em produtos e serviços digitais pela web. Também, em dispositivos vestíveis (ex: relógios, fones de ouvido, óculos de realidade aumentada).
Há uma linha tênue entre o “design enganoso” e o uso da arte da persuasão para criar atrativos ao usuário, o que levanta questões morais e éticas sobre o assunto. As práticas enganosas utilizam designs com a intenção de induzir os usuários a realizarem uma ação sem saber o que estão fazendo.
Os autores Daniel Berdichevsky e Erik Neuenschwander sugerem em “Toward an Ethics of Persuasive Technology” (“Rumo a uma ética da tecnologia persuasiva”) que “os criadores de uma tecnologia persuasiva nunca devem tentar persuadir alguém de algo que eles próprios não gostariam de ser persuadidos”. É por isso que Rian Dutra os chama de “designs impostores” em seu livro Enviesados.
A persuasão pode ser uma ferramenta imensurável se utilizada para o bem por designers bem intencionados e qualificados, deixando as experiências digitais mais simples e melhores.
Usando a Psicologia Avançada
Como qualquer outra ferramenta, o design persuasivo pode ser bem ou mal utilizado. Sendo assim, se aplicado cuidadosamente pode ser um importante aliado do designer (e também aos usuários).
Os sites constantemente passam por mudanças. Quando foram usados pela primeira vez para fins comerciais, o objetivo principal era colocar o máximo de conteúdo possível em uma só página (na web), deixando a experiência do usuário em segundo plano, muitas vezes negligenciando-a.
Hoje, o cenário é outro, com Pesquisas de UX (UX Researches) e dados otimizados para atrair a atenção e oferecer o conteúdo ideal no momento certo.
Design persuasivo
Um bom design deve sempre levar em consideração as necessidades emocionais e psicológicas do usuário. Embora, para um designer, persuasão é comumente associada ao uso de padrões obscuros (“dark patterns”), não é disso que estamos tratando aqui.
Por exemplo, um sites de vendas de produtos convence os usuários a continuar comprando mais empregando padrões persuasivos e recomendando produtos alternativos. E isso não necessariamente é algo negativo e que infringe os objetivos e desejos do usuário.
Compreender os fundamentos da psicologia pode servir como fonte de pesquisa e ajudar a validar o design e raciocínio para um usuário. Algumas teorias psicológicas são apresentadas a seguir.
A Percepção de controle do usuário
Como designer de interface, é preciso garantir que os usuários tenham uma experiência satisfatória nos ambientes que criamos para eles. Deve-se capacitá-los com ferramentas que os farão sentir no controle da situação.
Porém, é importante encontrar o equilíbrio entre interfaces funcionais e atraentes visualmente, dando ao usuário uma boa dose de controle.
Psicologia no UX Design
Quanto mais se avança em tecnologias de interação, maior será a exigência por formas mais intuitivas de usar suas interfaces.
Com isso, surgirão muitas novas oportunidades de design, com a psicologia aplicada (cognitivo e comportamental), bem como a neurociência, desempenhando um papel fundamental nesses projetos de design.