3 erros de UX no site da Virgínia Fonseca (polêmica base da wepink) – Vieses Cognitivos no Design

Rian Dutra fazendo uma análise de Psicologia aplicada ao Design sobre vieses cognitivos que afetam a usabilidade do site da wepink, a loja cosméticos da influenciadora Virgínia Fonseca.

Encontrei 3 problemas de design no site da wepink, loja de cosméticos da Virgínia Fonseca.

Problema 1: na página da recém lançada Base Líquida, mostram que a média de avaliação é altíssima. Mas, especificamente nessa página, a avaliação não é a do produto, mas da empresa como um todo, já que esse produto ainda não recebeu avaliações. Ou será que recebeu?

Avaliações podem influenciar muito a decisão de compra [1][2][3]… então, seria essa uma espécie de “Prova Social” ambígua?

Problema 2: não tem demonstração do produto. O Blush só tem foto que parecem ter sido feitas no Photoshop, e não há uma pessoa sequer demonstrando o produto. Isso é um Matador de Conversão!

Num teste que fiz no site do meu livro, os resultados mostraram que a página com o vídeo do produto real converteu 75% mais que o site quando tinha somente a foto do livro.

Na loja da Kim Kardashian tem vídeo demonstrativo.

Problema 3: Na página de produto, o botão “Comprar” não fica incorporado à página, mas fixo na parte de baixo enquanto rola a tela; e longe do preço. Mas o usuário pode não notá-lo. A Cegueira à Mudança [4] e por Desatenção [5] podem levar o usuário a não perceber elementos fixos na tela. [6]

Se isso acontecer com 1% e se o faturamento da wepink for de R$ 15 milhões, poderiam deixar de faturar R$ 150 mil.

Conheça o meu livro sobre Psicologia aplicada ao UX Design.


Referências:

  1. Constantinides, Efthymios, and Nina Isabel Holleschovsky. “Impact of online product reviews on purchasing decisions.” International Conference on Web Information Systems and Technologies. Vol. 2. SCITEPRESS, 2016.
  2. Maslowska, Ewa, Edward C. Malthouse, and Vijay Viswanathan. “Do customer reviews drive purchase decisions? The moderating roles of review exposure and price.” Decision Support Systems 98 (2017): 1-9.
  3. Cialdini, Robert B., and Lloyd James. Influence: Science and practice. Vol. 4. Boston: Pearson education, 2009.
  4. Simons, Daniel J., and Daniel T. Levin. “Change blindness.” Trends in cognitive sciences 1.7 (1997): 261-267.
  5. Simons, Daniel J., and Christopher F. Chabris. “Gorillas in our midst: Sustained inattentional blindness for dynamic events.” perception 28.9 (1999): 1059-1074.
  6. Benway, Jan Panero. “Banner blindness: The irony of attention grabbing on the World Wide Web.” Proceedings of the Human Factors and Ergonomics Society Annual Meeting. Vol. 42. No. 5. Sage CA: Los Angeles, CA: Sage Publications, 1998.

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