Por que UX Designers devem aprender psicologia aplicada e vieses cognitivos?

E quando os usuários não agem conforme o esperado pelo Designer? Ele tenta persuadi-los a realizar alguma ação por meio do seu Design (como se cadastrar, compartilhar um conteúdo ou comprar seu produto), mas os resultados são desastrosos. Ou decide traçar um roteiro para que sejam conduzidos pelo site, porém acabam tomando uma direção diferente da planejada. Ou se empenha para chamar a atenção deles, mas simplesmente ignoram.

Se a intenção é influenciar e guiar os usuários através de seus Designs, estreitando a distância entre o que projetou e o comportamento deles, o Designer deve entender como as pessoas pensam, tomam decisões, assimilam informações e também como funcionam suas emoções – é neste ponto que a Psicologia desempenha o seu papel na Experiência do Usuário.

A Psicologia é o estudo do comportamento e da mente, abrangendo todos os aspectos da experiência consciente e inconsciente, bem como do pensamento. É uma disciplina acadêmica e uma ciência aplicada que busca compreender indivíduos e grupos estabelecendo princípios gerais e pesquisando casos específicos.

Portanto, como projetar produtos para seres humanos sem entender a Psicologia humana? É por esse motivo que os UX Designers precisam estudar sobre o tema.

Como a Psicologia pode aprimorar as habilidades de Design de Experiência do Usuário?

1 – A Experiência do Usuário envolve pessoas

O UX Design diz respeito a como as pessoas se sentem em relação a um produto: o prazer e a satisfação que encontram ao usá-lo, observá-lo, segurá-lo, abri-lo e fechá-lo, incluindo a sua impressão geral de quão bom é utilizá-lo e até mesmo o impacto sensorial que os detalhes têm sobre elas. Logo, quanto maior for a compreensão sobre Psicologia humana, motivações, comportamentos e emoções, melhores Designs Centrados no Usuário poderão ser criados.

2 – Aperfeiçoando as habilidades de Pesquisa do Usuário

A Pesquisa do Usuário busca obter dos usuários informações sobre seus objetivos, motivações e padrões de comportamento. A parte mais desafiadora é que as pessoas nem sempre sabem o que desejam ou por que estão agindo de tal forma. É aí que surge o trabalho do Designer. Com um sólido conhecimento em Psicologia, é possível entender e identificar com mais facilidade os motivos das pessoas, seus objetivos e a razão por trás dos seus comportamentos.

3 – Identificando e resolvendo problemas reais

Ao compreender a Psicologia humana, o Designer consegue explicar cientificamente por que os usuários agiram ou se comportaram de determinada maneira (por exemplo, por que não se cadastraram no site ou por que não compraram seu produto), permitindo-lhe identificar os problemas reais e solucioná-los, em vez de apenas descobrir os sintomas ou resolver o problema errado.

4 – Poupando tempo

Um bom entendimento da Psicologia humana capacita o Designer a detectar o que é eficaz para os usuários e o que não é, economizando bastante tempo para focar apenas em boas ideias de Design.

Concluindo, uma noção sobre Psicologia, comportamento humano, emoções e cognição pode melhorar consideravelmente as habilidades de Design. Esse conhecimento influenciará o modo de pensar do Designer e fará com que atenda às necessidades humanas ao projetar qualquer produto.

Como Paul Boag, cofundador da Headscape Limited, destacou: “Para ser um grande Designer, você precisa se aprofundar um pouco mais em como as pessoas pensam e agem”.

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